O que fazer em Ouro Preto? Se você adora uma trilha e contato com a natureza vai adorar o Parque Natural Municipal das Andorinhas. Veja nesse post.
Em 2018 nós fizemos a trilha até o pico do Itacolomi e em 2019 descobrimos que bem perto da cidade existe uma área com cachoeiras, poço para banho, área de churrasqueira. Não deu outra, tivemos que ir até lá.
Este é bem um daqueles passeios fora do comum de Ouro Preto. O parque se encontra em uma área muito diferente da cidade e que nunca tínhamos ido: o Morro São Sebastião e o Morro da Queimada e alguns outros.
Aliás, se você tiver tempo e energia vale a pena dar uma volta por esses bairros onde é possível encontrar as capelas de Sant’Ana e de São João, esta última a mais antiga de Ouro Preto, e mais algumas outras coisas da história da cidade.
No “Morro da Queimada” também pode-se encontrar o um sítio arqueológico que contem vestígios de residências e de serviços de mineração dos séculos 18 e 19.
Desta forma, bater perna por essa região tão pouco conhecida dos turistas é um programa fora do comum em Ouro Preto e que possui tanta história quanto o próprio Centro Histórico.
Infelizmente não conseguimos tempo para isso, mas ficamos curiosos com os bairros daquela região, afinal Ouro Preto não se resume somente a área central e explorar essas partes pouco faladas é algo que foi muito surpreendente para nós.
O Parque das Andorinhas é desconhecido dos turistas, mas bem conhecido entre os moradores. Quando o clima fica quente a população corre para lá para se refrescar.
Como chegar ao Parque das Andorinhas
Existem três formas de chegar no Parque das Andorinhas: a pé, de moto e de carro. A nossa opção, claro, foi a pé. Ou seja, não é porque você está sem condução que precisa se privar dos passeios.
Bom, de carro é mais fácil utilizar o caminho pelo caminho do “Morro da Queimada” já que a estrada pelo Morro São Sebastião está bem precária, com buracos e mato em varias partes.
Lembrando que o caminho até o parque é feito em boa parte por estrada de chão. Pelo Morro São Sebastião é possível ir de moto, mas eu também recomendaria a via pelo Morro da Queimada.
Para quem está a pé a melhor opção é pegar um táxi para te levar até o alto do morro. Outra opção mais econômica é ir de ônibus urbano. A tarifa custa R$ 3,20 e dura em torno de 40 minutos. A empresa é a Transcotta e a linha Cooperouro X Morro São Sebastião.
Nós preferimos ir de táxi e fomos até a estação de trens onde conseguimos um por R$ 30,00. O motorista não quis nos levar até o parque propriamente dito (ele realmente não queria colocar o carro dele na estrada de chão), mas nos levou até o Morro São Sebastião e isso já é um caminho e tanto.
O taxista nos perguntou se queríamos ir pelo Morro São Sebastião ou pelo Morro da Queimada. Nós não sabíamos responder e ele nos disse que pelo primeiro não teríamos subida e caminharíamos somente 1 Km.
Não temos como dizer se ele estava certo. Olhando o caminho pelo Google não consegui ver muita diferença no percurso e, além disso, a trilha que fizemos tinha mais de 1 Km! É o típico logo ali de mineiro.
Pois bem, fomos de táxi até o alto do Morro São Sebastião. O taxista nos deixou na pracinha do bairro e nos deu as instruções da trilha do parque. Realmente não foi nada difícil.
Do lado da praça, na esquina tem as placas indicando as direções das capelas de Sant’Ana e de São João e a Cachoeira das Andorinhas. É só seguir nesta direção.
O calçamento logo acaba e começa a estrada de terra. É só ir em frente sem erro!



Medimos o caminho e fizemos 1,8 km até a área das churrasqueiras. Levamos em torno de 30 minutos para realizar este percurso. Quando chegamos fomos surpreendidos pela quantidade de gente no lugar. A todo momento chegava mais um carro com pessoas no local.




A estrutura do Parque Natural das Andorinhas em Ouro Preto
A estrutura do Parque das Andorinhas foi algo que também nos surpreendeu. Apesar de estar um pouco abandonado o parque ainda é bem organizado.
Existem áreas cobertas para churrasqueira, uma grande área de estacionamento, um prédio da administração onde existem banheiros e uma lanchonete.
Esta não muito boa, mas salva naquela fome gigante de quando você volta dos atrativos.
Outra coisa super bacana a ser destacada é o nível de informação. Existem placas informativas sobre as trilhas que possuem: o tamanho do percurso, o nível de dificuldade de cada uma e são separadas por cores. Daí é só escolher uma trilha e seguir as setas indicativas.
Lá também havia um bombeiro para atuar em qualquer emergência e ajudar na segurança das pessoas.



O Parque das Andorinhas tem 9 atrativos entre cachoeiras, mirantes e área de escalada. Você pode ter mais informações sobre os atrativos e sobre o parque em si no site: https://parquedasandorinhas.ouropreto.mg.gov.br/
A maioria das atrações é de nível bem fácil, ou seja, este é um lugar muito bom para levar crianças, inclusive um dos poços é chamado de Poço das Crianças – que acho que é o poço chamado de poço das churrasqueiras no endereço que passei ai em cima.
Passamos por ele, fomos até o mirante da pedra do Jacaré e chegamos próximos à Cachoeira das Andorinhas. Não fomos nesta cachoeira porque havia um grupo de pessoas com um cachorro atrapalhando o caminho para ela.
Decidimos ir no Poço da Folhinha que tem nível difícil, mas nem é tão difícil assim. Eu tinha visto uma foto deste poço e tinha achado super legal. Sendo assim, resolvemos deixar a cachoeira dos Pelados e o mirante do Véu da Noiva para depois, quando voltássemos.





No calor que estava a trilha foi um pouco puxada. Andamos bastante e parecia que nunca chegava.
Ir com calçado apropriado para esta trilha é muito importante, já que em algumas partes tem subidas e descidas com muitas pedras e voçorocas. Além disso, é uma área natural e animais silvestres podem aparecer.

Vimos uma mulher que estava de chinelo e estava sofrendo muito para fazer o caminho.
Mas a caminhada compensa. O poço é grande e muito bonito e havia muitas pessoas lá, porém tem espaço para todo mundo. Ficamos lá por uma hora quando percorremos a trilha de volta. Devo dizer que realmente a volta foi bem mais tranquila. Afinal, na ida estávamos cansados do caminho até o parque.


Ao chegarmos na área de recepção de turistas desistimos de ir em outros atrativos e resolvemos começar o caminho de volta para o Morro São Sebastião para que pudéssemos descê-lo ainda de dia.
Fizemos todo aquele caminho de estrada de chão de novo. Quando chegamos na pracinha, aquela de onde partimos para o parque, descansamos um pouco e resolvemos descer o morro também a pé, afinal, para baixo todo santo ajuda né. Só que não! A descida foi bem dolorida!
O Morro São Sebastião é um local conhecido pelas indicações para ver o pôr-do-sol. De certo quando estávamos subindo o morro de carro vimos um mirante, era o mirante do Morro São Sebastião. É ali que as pessoas veem o pôr-do-sol.

Nas outras ocasiões nunca conseguimos fazer isso e nunca soubemos onde era o morro e o seu respectivo mirante. Paramos ali para descansar e também admirar o sol se pondo. Realmente vale a pena ir até lá.
Se você está no centro histórico e ainda tem energia pode chegar lá a pé, são em torno de 500 metros saindo da igreja de Nossa Senhora das Mercês, aquela que fica colada no Museu da Ciência e Técnica. É só pegar a Rua Henrique Goerceix e subir.
Você pode conferir nossa viagem completa a Ouro Preto em 2019, juntamente com detalhamento de todos os nossos gastos.
E aí? Gostou das nossas dicas sobre mais esse lugar legal para visitar?
Deixe seu comentário aqui embaixo, que ficaremos felizes em lhe responder.
2 comentários
Monique Oliveira · 20/10/2020 às 21:47
Já fui em Ouro Preto uma vez e ninguém nunca tinha me falado sobre esse lugar. Realmente um achado. Próxima vez eu vou.
Casal Viajero · 30/10/2020 às 06:54
Oi Monique, vá sim, se você gosta de trilhas e passeios em parques ecológicos, temos certeza você vai amar conhecer esse também. 😉